Segunda-feira, 30 de Outubro de 2006

Entradas em casa

Uma vez por dia o Ruffus e o Figo têm autorização para ficar um pouco connosco dentro de casa. Geralmente entretêm-se a comer, dormir e rosnar aos vidros... hihi





Publicado por Nuvem Branca às 17:45
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Resolvi "guerra" à hora da refeição!

Felizmente a guerra à hora da refeição acabou. O Ruffus já respeita a ração do Figo, excepto os biscoitos que caem no chão. Já não morde no Figo quando este aproxima o focinho demais da tijela da sua comida, apesar de ainda rosnar um pouco (o que conto vir a acabar como o tempo). Tudo graças ao meu borrifador de plantas, verde!!! hihi ... Após muitos NÃO, chapadas na "tromba" e no rabo, descobri finalmente que o Ruffus detesta o borrifador e que facilmente aprende o que não deve fazer à custa dele. Já nem preciso fazer uso dele, que só de o ver o Ruffus já fica em sentido!!!!

Quanto ao menino Figo... é muito manhoso! Se por algum motivo eu e o Ruffus nos distraimos com qualquer coisa, ele levanta-se (sim, porque ele come deitado) sorrateiro e quando damos conta está a comer a comida do Ruffus. Eu ralho com ele e ele ainda me abana o rabo........







O figo depois de comer o arroz gosta sempre de guardar uns bagos no seu focinho... Claro que o Ruffus não desperdiça nada e vai lamber o focinho do Figo para comer mais qualquer coisa!!

Publicado por Nuvem Branca às 14:32
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Sexta-feira, 20 de Outubro de 2006

Histórias da Serra da Estrela

A história que se segue foi contada por Henrique Mendes Brites. O texto foi retirado do Jornal "O Cão" Nº 6 (2.1 Mb) - http://www.apcse.com.pt/downloads.htm


"... Há cerca de 40 anos comprei uma quinta a seis quilómetros da cidade da Guarda, chamada “Quinta da Cerdeira”. (...)

Num dia de inverno (naquela altura muito rigoroso quanto ao frio que fazia) ela teve uma ninhada. Quando as crias tinham cerca de dois meses, veio um enorme nevão que interrompeu o transito nas estradas. Além da muita neve que havia caído fizeram-se sentir temperaturas tão baixas (cerca de 8 a 10 graus negativos) que impossibilitou a descongelação da neve. Recordo-me perfeitamente que estive sem lhe poder levar comida durante quatro ou cinco dias, julgando até que eles tivessem morrido à fome, pois ela já não dava leite.

Quando o tempo permitiu, lá fui levar-lhe comida, mas sempre receando o pior. Qual o meu espanto quando, ao chegar à casota que os acolhia, vi, por cima da neve, portanto fora da casota, um osso com alguma carne (uma perna). A neve ensanguentada e eles, felizes da vida derriçando na comida com muito apetite. Tratava-se sem dúvida de UMA MÃE SERRA DA ESTRELA!

Mais tarde numa outra ninhada, de cerca de mês e meio, aconteceu o seguinte:

Eu tinha feito, junto à casa, umas enxertias em videiras bravas (bacelo) que havia plantado no ano anterior. Quando entra a primavera é preciso saber se os enxertos pegam. (...) Pois um belo dia já a maior parte dos enxertos estavam pegados e, ao levar-lhes comida, verifico que eles na brincadeira tinham danificado grande parte deles. Fiquei de tal maneira furioso que perdi as estribeiras. Peguei numa giesta seca que encontrei ali perto e bati com ela tanto na mãe como nos folhos, berrando e correndo atrás deles para continuar a bater-lhes. Em resumo perdi a cabeça: furioso, arrependi-me e fui embora sabe Deus como.

Durante quase uma semana continuei a trazer-lhes comida, mas os cachorros tinham desaparecido. Ela, a mãe, olhava para mim, para a comida, muito triste, muito meiga, lambendo-me as mãos como que agradecendo. Mas não tocava na comida: esta, no entanto desaparecia...

Um dia, intrigado, deixei-lhe a comida, despedi-me dela com meiguice, entrei no carro e vim embora. Só que parei o carro a uma distancia de 200 a 300 metros e resolvi espreita-la. Qual o meu espanto quando, quase de imediato, a vejo atravessar a estrada com comida na boca, desaparecendo para dentro de um pinhal novo, com cerca de sete ou oito anos, muito cerrado, regressando para voltar a fazer o mesmo por duas ou três vezes até acabar a comida!

Fiquei a saber que ela tinha levado para lá os cachorros onde estiveram cerca de oito a dez dias, fugindo assim à tirania do dono que tão cruelmente os havia tratado (então já arrependidíssimo)!

Tentei no dia seguinte, com ajuda de outra pessoa recolher os cachorros, mas eles fugiram de nós, talvez recordando os maus tratos a que os haviam submetido. Desgostoso e arrependido mil vezes de os ter maltratado, regressei a casa pensando no que havia de fazer.

Lembrei-me então de pedir a um amigo que tinha um talho, umas aparas de carne e alguns ossitos pequenos (que foram muitos), Fui ter com a cadela, mostrei-lhe o saco com eles, chamei-a e encaminhei-me para o pinhal onde ela escondera os cachorros. Tentei aproximar-me o mais possível deles, despejei o saco no chão e, falando com a cadela, - digo falando porque eles, SERRAS DA ESTRELA, nos entendem. E isto só quem sente uma grande paixão e admiração por estes nossos amigo o sabe – dizia eu, falando e acariciando-a com meiguices, disse-lhe: - isto fica aqui para ti e para os teus filhotes. Despedi-me dela com ternura, e mais uma vez arrependido de os ter tratado tão cruelmente.

Qual o meu espanto!!!

No dia seguinte, quando voltei para trazer mais comida, a cadela e os seus filhotes estavam em casa junto do lugar onde tinham nascido!

Ela, junto de mim, gemia de contente e lambia-me as mãos; os cachorros brincavam junto de mim. Foi a mãe que lhes disse que podiam voltar? Foi a mãe que compreendeu o que lhe dissera no dia anterior?

De facto, os cães não falam mas que entendem e são os mais fiéis amigos do seu dono, ainda que num momento de desespero e de irritação os tratemos de uma maneira que eles não merecem. Além do mais, o SERRA DA ESTRELA sabe perdoar e esquecer, bastando para isso uma palavra meiga e uma caricia.

Foi assim que nasceu a minha paixão e admiração pelo cão SERRA DA ESTRELA."

Publicado por Nuvem Branca às 10:35
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Segunda-feira, 16 de Outubro de 2006

Finalmente juntos

No dia 14 de Outubro o Ruffus finalmente veio morar connosco. Após cerca de 5 meses na casa da minha sogra (que gentilmente cuidou dele enquanto não tínhamos condições para o receber).

O Ruffus e o Figo já tinham tido 3 encontros na casa da minha sogra onde tinham brincado bastante um com o outro. Mas nada fazia prever tão feliz encontro quando o Ruffus cá chegasse... Brincaram até à exaustão. O Figo então esqueceu-se do resto do mundo, água, comida, donos, nada mais importava... Melgava tanto o Ruffus para brincar que passamos a chamá-lo de "moi almas"!!!









O meu sogro é que trouxe o Ruffus. Este estava a brincar alegremente com o Figo quando o meu sogro foi embora, mal ouviu o motor do carro, correu à volta de todo o muro à procura de um buraco para ir atrás dele. Mas rapidamente voltou à brincadeira.

De noite ainda ganiu uns segundos antes de adormecer... talvez sentisse falta da caminha dele, mas facilmente acalmou.

No Domingo de manhã (dia 15) o meu sogro foi ajudar-nos a arranjar o jardim e para surpresa nossa quando ele foi embora o Ruffus não se importou nem tentou ir atrás dele! Bom sinal... gostou da nova casa e do novo amigo, o Figo!
Publicado por Nuvem Branca às 09:58
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Sexta-feira, 13 de Outubro de 2006

Coisas que o Figo gosta de fazer

O Figo adora brincar, com pessoas, animais, sozinho...





E.... Dormir!!!!! Uma das suas actividades preferidas. O que deixa muito a desejar são as posições estranhas em que o faz!!



Publicado por Nuvem Branca às 15:39
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Rápida aprendizagem

No Dia 23 de Setembro o figo aprendeu a andar à trela. Foi subornado com biscoitos nos primeiros 10 minutos mas aprendeu muito rápido e não dá problemas de maior, excepto... quando vê algo de interessante que abanca o rabinho no chão, sentado, e só volta a andar quando a tal coisa perdeu o interesse!



O Figo é bastante inteligente e até obediente (coisa que sempre me disseram que os serra não eram)... já sabe sentar, deitar , dar a pata, andar à trela, pomos-lhe quatro mãos fechadas em frente dele (só uma tem o biscoito) ele cheira todas e depois com a pata indica onde ele está, quando estamos a cozinhar deita-se aos nossos pés e de vez enquanto dá uma leve focinhada para nos lembrar que está ali (com segunda intensões)...



Desde o primeiro dia que o seu local de eleição para fazer as necessidades,  foi... a terra. Felizmente já nasceu asseado!!! Só fez duas vezes as necessidades fora do sítio, uma na calçada e outra no chão da sala. Ambas as vezes foi repreendido não voltando a fazer.
Publicado por Nuvem Branca às 15:38
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A chegada do Figo

Dia 16 de Setembro fomos buscar o Figo, que nasceu a 6 de Julho de 2006. Entrou para dentro do carro, iniciamos viagem e 10 minutos depois... ofereceu-nos um enorme e cheiroso presente.

Desce do caro, limpa rabinho, limpa sapatos, limpa rabinho, retira saco de plástico preto (felizmente tínhamos forrado o banco do carro), limpa novamente rabinho... limpar um rabo todo peludo é obra, deviam experimentar.

Entramos no carro e iniciamos viagem. Esta foi pacifica com o calor o bola de pêlo veio o caminho todo sonolento!!

Chegamos a casa.... mais um presente... mal pôs as 4 patas na calçada uma bela duma mija e depois abancou no chão com cara de amuado e não se mexeu durante meia hora, nem mesmo quando lhe demos os novos brinquedos:



Depois foi ficando mais à vontade e começou a explorar o seu novo e enorme território.



Fez mais uma caquinha e depois abancou debaixo de uma oliveira e fez este belo olhar para a foto:



Chegada finalmente a hora da refeição. Como foi uma longaaaaa viagem de 1h e tal o rapaz chegou tão cansadinho que decidiu comer deitado:



E finalmente... a hora de dormir!!

Publicado por Nuvem Branca às 15:37
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O sorriso do sobrevivente

A 24 de Maio o sorriso do Ruffus era assim:



E a 5 de Agosto, assim:




Publicado por Nuvem Branca às 15:33
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Salvo da crueldade humana

O Ruffus e o irmão apareceram junto da casa da minha sogra, que mora no campo. Ela afirma que numa noite por volta do dia 11 de Maio ouviu muitos ganidos, de choro, de noite... Noite em que foram abandonados?!?!

Mas deixo que seja o próprio ruffus a contar o que lhe aconteceu:


Olá, eu sou o Ruffus.

Mas quando me chamam de anda, toma, bicho e me assobiam eu vou sempre ter com a pessoa que me chama.

Sou muito obediente, meigo e tenho uns belos olhos azuis esverdeados que fazem sonhar qualquer um... mas a minha vida ultimamente tem sido um pesadelo! A minha mãe desapareceu, os meus irmão também, inclusive a pessoa que me alimentava...

Não vos sei dizer a minha idade... talvez 3 meses... Esta ultima semana foi tão dolorosa para mim e custou tanto a passar que podia até dizer-vos que tenho 3 anos. Mas infelizmente sou um bebé... um bebé abandonado ao seu destino.



Quando dei por mim estava sozinho com o meu irmão, perto de uma casa. Não conhecia a casa. Chorávamos muito... tínhamos frio... tínhamos medo... e começávamos a ter fome.

Não nos afastámos muito da tal casa naquela noite e nos dias seguintes. A erva alta abrigava-nos e protegia-nos do frio. Os poucos restos de comida e a água do gato da casa enganava o nosso estômago, à mistura com um pouco de erva que comíamos... sim, erva... quando a fome é negra come-se qualquer coisa.

Por 2 ou 3 vezes fomos corridos pelos donos da casa. Ouvimos dizer:
- Só aparecem aqui animais abandonados. O ultimo foi um gato, ao qual já nos tínhamos afeiçoado mas que ao fim de um ano de muito apego e carinho... após ter ficado preso nas armadilhas dos caçadores... não podendo andar foi atropelado. Se nos apegamos a estes cães e depois acontece algo de mal... sofremos outra vez. É melhor correr com eles.



Por conta disto apanhamos com um banho e uns palavras de desprezo.

Entretanto perdi o meu mano... nunca mais o vi. Agora sou só eu... sozinho. Mas ainda há a esperança de conquistar o coração das pessoas desta casa... afinal sou tão meiguinho e encantador eles vão apaixonar-se por mim com certeza.

No sábado ouvi uma voz nova naquela casa e resolvi tentar novamente impressionar... Era uma mulher mais jovem que os donos da casa. Aproximei-me dela devagar e ouvi:
- Oh que cãozito tão giro!!
E ao mesmo tempo que a jovem se baixa para me agarrar, sinto uma pazada no rabo muito ao de leve no rabo, era a senhora mais velha a mandar-me embora... fugi assustado para as ervas.

Mas finalmente senti que alguém tinha começado a ficar impressionado com a minha presença. Comecei a ouvir: Anda... anda... toma... Era a jovem a chamar por mim. Aproximei-me dela devagar. Ela agarrou-me ao colo e levou-me para perto da casa.

A senhora mais velha deu-me um pouco de comida... Comi tudo... tinha tanta fome que parecia um aspirador... o chão ficou limpo.

Comecei então a perceber-me dos seus ares de preocupação de volta de mim...

Ao que parece perdi o meu irmão mas arranjei uma boa centena de “amigos”. As minhas orelhas estavas pretas por dentro... Carraças. O Pêlo estava cheio de bolas gordas... Carraças. A barriga estava cheia de pequenos bichos pretos... Pulgas. O meu pêlo estava baço e sem brilho.

Deram-me novamente um pouco de comida, e... discretamente fui beber a água do gato. Aparentemente não se importaram.

A jovem mulher fez-me muitas festas... foi tão bom! Pensei que nunca mais na vida ia receber festas. Depois ela foi embora...

Entretanto os donos da casa foram comprar um pó e esfregaram-me todo com ele... foi bom... parecia uma massagem. Ouvi eles comentarem que era para matar os bichos do meu corpo. Eu não me importei que eles morressem, já estava a gostar mais daquelas pessoas que daqueles amigos que me sugavam o sangue!

Quando anoiteceu fui chorar um pouco para a porta da casa dos senhores... tinha frio! Disseram-me para estar calado.. e eu fiquei. Eles já me tinham ajudado tanto que não quis abusar da paciência deles! Fui dormir para o meio das ervas.

No Domingo... Surpreendi-os logo com a minha agradável presença à porta! Deram-me comida, água e mais uma massagem com aquele pó para matar o resto dos meus amigo!! Felizmente já muitos deles tinham desaparecido.

De tarde apareceu novamente aquela senhora jovem. Fez-me muitas festinhas... Tirou-me uma farpa que eu tinha debaixo da língua, que me andava a incomodar ha muito, por ter comido ervas para matar a fome.
Foi passear comigo (sem trela)... e eu portei-me muito bem, ia colado aos pés dela e não me afastava nem 30 cm.
Depois tirou-me umas fotos... até achei piada! Confesso que sou muito fotogénico, mas... como podem ver 1 dia após me terem ajudado ainda ando com o rabo entre as pernas e tenho aquele olhar triste... de quem foi abandonado neste mundo tão cruel para um cachorro.



Estou a aproveitar ao máximo as festas, a comida, a água... mas tenho medo que me abandonem outra vez... não sei o que o futuro me reserva... mais frio... mais fome...

Ouvi eles dizerem que iam cuidar de mim... disseram que eu ia ganhar uma banho, comida para cachorro, umas coisas chamadas vacinas...

Eu donos já encontrei... adoptei estas pessoas de coração!
Publicado por Nuvem Branca às 15:21
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